quinta-feira, 28 de abril de 2011

Olhar

De peito aberto me encontro nesse momento, olhos marejados, boca entreaberta, pensamentos soltos, no balanço do bordêjo a filosofia do momento.
Cartas de amor escritas de próprio punho, um coração batendo no escuro, mãos dadas rumo ao futuro. Teorias incertas, caminhos opostos e no íntimo do ser puro e errante, a certeza de seguir  adiante.
O caminho é longo, obstáculos a enfrentar e a certeza de não mais errar, o coração a reclamar mais um poema de amor um soneto de paz, tristeza nunca mais.
O clima é ameno, a chuva traz o aconchego e junto com eles boas lembranças, aquelas do tempo de criança. Com um único pingo de chuva molhar o corpo inteiro até lavar a alma, e entre um pingo e outro enxergar a beleza do arco--íris com todo seu encanto.
A poesia que não rima ainda assim é poesia, um poema sem pudor também tem seu valor, cartas sem leitor que nunca chegam a seu destino nunca foi um desatino, deixa tudo no seu lugar por que em tudo há uma história para contar, só precisa olhar, ver, atento ficar, se deixar levar pela beleza do momento e enxergar com os olhos de dentro os olhos da alma, e mais uma vez só olhar.


Renata Bartilotti

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