Temos
aquele velho hábito de achar que as pessoas são felizes, ou tristes, ou
alegres, ou boas enfim... As pessoas estão felizes, estão tristes, estão
alegres... As pessoas vivem de momentos, dos momentos presentes, o que vem a
seguir nem elas mesmas sabem.
Existe
aí uma linha tênue entre ser e estar, existe aí aquela sensação de ao ver o
outro sempre com um sorriso no rosto achar que esse vive sempre feliz. Nunca
saberemos o que o outro esta passando, o que de fato esta sentindo, o que lhe
vem no pensamento, não sabemos as chagas que lhe ardem na alma, as feridas
guardadas no coração. O que sei, é que na maioria das vezes independente do
comportamento alheio, é muito mais fácil julgar e condenar á procurar saber
direito os fatos.Ora, pra que queremos saber o que de fato se passa no coração
alheio se temos o livre arbítrio do julgamento, dos julgamentos precipitados e
errôneos?
Aí
que entra aquele velho ditado, não julgueis afim de não serdes julgados, a
língua que difama é a mesma que lhe aconselha. Dentre tantas coisas que tenho a
escrever sobre isso, prefiro profanar somente meu desabafo, que tenhamos
cuidado ao levantar falsos julgamentos, que pensemos antes de falar, que
tenhamos respeito e cuidado com as palavras, não esqueças que a palavra tem
força.
Sem
mais delongas, fica aqui meu desabafo.
Renata
Bartilotti.