Intuição de uma mulher aos trinta... Escrever sobre um pouco de tudo e um tanto de nada.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Lispectorando
Aos olhos nus não passava de uma chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade.
Clarice Lispector
Sensato Desatino.
Que
minha sensatez exacerbada, não me roube o direito ao desatino.
Que
a leveza dos meus desatinos me levem a vontade das pequenas loucuras, dos pequenos desafios, ainda bem que existe uma
linha tênue entre falta de juízo e insanidade....
Renata
Bartilotti.
Martha Medeiros ♥
Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais.
Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz.
Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais.
Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo.
Nem eu sou o que penso que eu sou.
Nem nós o que a gente pensa que tem.
Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar.
Nem de energia. Esbanjo-me até quando não devo e, vezes sem conta, devo mais do que ganho.
Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Não vou à missa. Nem faço simpatias. Mas, rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no deus do otimismo.
Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido. Não bebo porque só me aceito sóbria, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas.
Penso mais do que falo. E falo muito, nem sempre o que você quer saber. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas.
Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução.
Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva.
Impaciente onde você vê ousadia.
Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.
Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos.
E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Minha Alegria
Sim sou feliz,dentre mil motivos para
tamanha felicidade, dentre tantas elas, uma me faz compreender o significado da
palavra alegria..
Minha alegria vem da poesia, vem do
aroma da mais bela rosa, vem do dia, da melodia.
Minha alegria é rimada, é plural. é
multidão, é litoral.... Minha alegria é compartilhada sempre não sei ser feliz
sozinha e mais uma vez digo, minha alegria é poesia.
Renata Bartilotti.
Comer comer..
E essa minha vida dura de viver fazendo dieta...
É só descuidar e PIMBAAAA.... Lá vou novamente e mais uma vez cair na tentação das tantas guloseimas que tem por ai...
Aí já viu né? As gordurinhas tão indesejadas vão chegando e mudando o seu corpo,ou pelo menos as formas dele.
Começo agora a operação saneamento básico,ada de gorduras,frituras, doces ou coisas parecidas.
Renata Bartilotti.
É A ALEGRIAA!
"Quem nunca sentiu uma alegria daquelas que vem sem hora marcada, sem plano, sem festa?
Alegria boa é assim. Ela vem meio que rasgando a boca, deixando um sorriso de não sei o que, na cara da gente.
Se alegria tivesse nome, seria surpresa.
Se fosse uma casa, seria imensa.
Se fosse um doce, seria gelado, confeitado, colorido.
Se fosse uma música, seria de flauta, de viola, de tudo. Alegria tem som de orquestra.
Alegria tem cor quente, cor de sol que se põe bem tarde.
Alegria tem cheiro de chuva, de infância.
Claro que se alegria fosse gente, seria uma criança.
Se fosse bicho, seria um beija-flor.
Se viesse vestida, ela seria um vestido branco, bordado.
Se fosse um caminho, seria de terra, sem cerca e sem construção.
Alegria deve ser isso, qualquer coisa bonita que nos tira do tédio.
Essa coisa gostosa, misteriosa, bem vinda, que em dois segundos deixa tudo em paz.
Alegria de verdade é aquela que vive aqui dentro.
Que adormece, às vezes, mas que nunca deve morrer antes da gente."
Alegria boa é assim. Ela vem meio que rasgando a boca, deixando um sorriso de não sei o que, na cara da gente.
Se alegria tivesse nome, seria surpresa.
Se fosse uma casa, seria imensa.
Se fosse um doce, seria gelado, confeitado, colorido.
Se fosse uma música, seria de flauta, de viola, de tudo. Alegria tem som de orquestra.
Alegria tem cor quente, cor de sol que se põe bem tarde.
Alegria tem cheiro de chuva, de infância.
Claro que se alegria fosse gente, seria uma criança.
Se fosse bicho, seria um beija-flor.
Se viesse vestida, ela seria um vestido branco, bordado.
Se fosse um caminho, seria de terra, sem cerca e sem construção.
Alegria deve ser isso, qualquer coisa bonita que nos tira do tédio.
Essa coisa gostosa, misteriosa, bem vinda, que em dois segundos deixa tudo em paz.
Alegria de verdade é aquela que vive aqui dentro.
Que adormece, às vezes, mas que nunca deve morrer antes da gente."
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