sábado, 30 de abril de 2011

Dentre tantas... EU



Sensível, abalável, alegre, triste, sou o reflexo de tudo o que viví, sou um contexo de tudo que há em mim, de tudo o que cultivo em mim.
Quando criança adorava brincar com as cores, não conseguia ser igual as outras crianças que brincavam a correr pelas ruas a fora, eu vivia mergulhada nos livros e músicas, era minha comunicação com o externo, com o mundo.
Na adolescência passei pelo conflito que segue a ordem natural da vida, tentei largar a menina e deixei de ser criança, assim tinha que ser.
Na mocidade poucos namorados, e poucos foram amados a poucos me entreguei, meus diários entupidos de histórias que ainda hoje guardo na memória, os diários perderam-se com o tempo, as histórias ficaram e guardo todas ainda hoje na memória.
Meu primeiro beijo, o primeiro amor, meus medos, meus traumas, minhas fantasias e a intensidade dos meus dias.
Hoje adulta depois de tantas fases vividas, de traumas superados e medos ainda guardados, resolví ser feliz, aprendí com a vida não desejar mal ao próximo e que cedo ou tarde você acaba aprendendo, mesmo em cima de um erro.
Sou confusa, insegura, prolixa, adoro carinho, dar abraços apertados e demorados, uma mistura de timidez e sensatez. Amo todos que entram na minha vida em demasia, não consigo odiar, sou completamente despida de desamor. Aprendí também que tudo que chega pode partir e eu devo deixar ir.
Aprendí ao longo da vida a acreditar nas pessoas, que todo mundo mereçe uma segunda chance . Hoje sou reflexo dos meus dias, há quem me conheça pelas minhas poesias ou pelo jardim que sou dona, tão imenso que é com as mais belas flores, as que rego todos os dias com meu carinho e minha alegria, as vezes mesmo de longe cuido de todas as minhas flores nem que seja através de um pensamento bom.
Sou amiga, sou amor e sou amada, sou tudo Sou quase nada, sem amor em mim não conseguiria um passo dar, quem dirás caminhar, sou uma eterna aprendiz, sou pegajosa, engraçada, tímida, chorona... Sou criança com medo, dentre tantos outros sentimentos...
Acredito fielmente que nada é por acaso, que somos fonte de fé inesgotável, sou solidão sou multidão, sou tantas e tantos em mim mesma, sou alfarrábios mentais e bordejos filosóficos, sou aquela que podes sempre contar, sou eu mesma mais confesso que não tenho vontade de ser a mesma para sempre, as vezes se faz necessário mudar .
Sou assim, conto, verso, poesia, sou canção, sou uma serenata, sou acorde vibrando em harmonia e emoção, sou apenas um retrato de mim.
Renata Bartilotti
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