Minha respiração ficava cada vez mais ofegante, meu coração em descompasso, todo o meu corpo experimentava aquela sensação única.
Aquele era um momento ímpar para mim, sonhei com ele toda a minha vida, e como me preparei, tudo haveria de ser perfeito. E foi.
Senti que chegara a hora, estava pronta, pronta para me entregar, me tornar mulher, e era como se ele pudesse ouvir meus pensamentos, estávamos em completa conexão, éramos um só.
Esperei meses por aquele dia, e então ele chegara, era hoje.
De corpo e alma nua, estava entregue. Ele sem pudor na minha intimidade, dentro de mim, rasgando, possuindo, tomando o meu corpo. Como era indescritível aquela sensação, queria gritar, chorar, sorrir, fugir e ficar. Eu o amava e o amava cada vez mais.
Compreendi que toda a minha vida me preparara para aquele momento, para ele.
No aconchego do meu ventre, me amava. Podia ouvir seu coração bater, ele era a minha carne e o meu sangue; minha dádiva.
Meu corpo tomado por um frenesi, coberto de suor, exausto, em movimentos rápidos dor e desejo se misturavam. Estávamos chegando ao clímax, os dois juntos. Um grito no ato e senti meu corpo
flutuar...
Peguei-o no colo, beijei-o, aquela vida, um pedacinho de mim, meu filho, meu menino. Dei-lhe o
nome do pai.
FERNADA DUAVY (Texto com quebra de expectativa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário