Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer.
Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.
Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.
Clarice Lispector
em A descoberta do mundo,
11 de maio de 1968
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